quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"EUNIGMA"


O vento passa pelo quarto
Como que por uma vida vazia.
A lágrima esbarra na boca
E eu sinto gosto de sangue.
A música me remete a lugar nenhum.
Mas me dá uma tristeza estranha,
Como se não fosse minha.
Ouço palavras sem entendê-las,
Mas elas me lêem, me decifram, me identificam.
E eu me deixo à revelia do vento,
Me preenchendo com ele,
Ouvindo a tempestade se embelezar
Para refrescar a terra.
É fim de verão...
É fim de década, de governo.
É o meu começo.
A música continua
E o meu choro infantil também.
Não é mais saudade,
Sou eu.
Eu não sou...
Não sei...
Não dói em lugar nenhum e essa ausência de dor
Cria um espaço na alma.
Não é fragilidade,
Não é complexidade,
Nem felicidade.
Nem espera.
Espera,
Espera pra ver comigo o que é...
Descobre comigo esse enigma
E me cobre de carinho.
Quero ser achada, entender a música,
Dançar com você.
Me espera...
Porque eu sei que você tá chegando.

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Rio de Janeiro
Um EUNIGMA, até para mim mesma