quinta-feira, 21 de junho de 2012

OUTRAS IMPRESSÕES

Nem falei que ontem chegou a Bruna, logo antes do almoço. Mas como ela não fez nenhuma atividade física, acabei esquecendo. Foi no jantar que conversamos mais. Mais uma especialista em dietas, receitas, cuja amiga é a melhor nutricionista que ela conhece, e é mais uma que reconhece que sabe o que a engorda, mas que falta vergonha na cara para fazer as coisas direito... E, no café da manhã de hoje, conhecemos a Fernanda, que está aproveitando três dias para passar pelo spa. Duas mulheres jovens e bonitas, preocupadas com a aparência. Mulher é um bicho engraçado. Por que nos preocupamos tanto com nosso peso e medidas? Os homens engordam, ficam barrigudos, cheios de problemas de saúde e não estão nem aí. Geralmente, quem se preocupa com isso são as suas mulheres. Nós ficamos nessa neura de ter o peso e o corpo ideal, sofremos por querermos comer da forma como os homens comem, como se não houvesse amanhã... E, quando comemos, sofremos porque comemos. Tudo nos faz buscar pela comida.  Se estamos felizes queremos COMEmorar. Se estamos tristes, a comida é um consolo. A ansiedade, carga obrigatória na vida de qualquer mulher, também é motivo para buscarmos na comida um prazer, um consolo, uma saída. Como fugir dessa sina? Pelos relatos que aqui ouvi, cabe a nós mesmas. Mais um trabalhão que precisamos encarar. Podemos e devemos comer o que quisermos porque merecemos. O segredo, o pulo do gato, o gancho, o macete é ter moderação! Ora, se somos informadas, se conhecemos o que nos faz mal, se sabemos quais alimentos são saudáveis, então façamos o certo! É preciso ter bom senso. Não devemos nos privar daquela comida que adoramos, mas também, pra que comer dois pratos dela? Falando por mim, precisamos reaprender a apreciar o que está no prato, comer com calma, sem pressa, como fazem os franceses. Por isso, as mulheres francesas não lutam com a balança. É uma das melhores culinárias do mundo e o país não sofre com a epidemia de obesidade que afeta países vizinhos, como a Inglaterra. Na França, comer é um ritual respeitado, as pessoas não engolem comida sem sentir o gosto. Li em algum lugar que até mesmo em casa as crianças acompanham a elaboração dos pratos, participam, conhecem os alimentos, e as famílias sentam juntas para comer. Sem essa de cada um no seu canto com o prato numa bandeja no colo comendo enquanto vê televisão. A vida é corrida? É. Falta tempo? Falta.  Mas precisamos nos respeitar, nos dar a chance de ter esse tempo para nós mesmas, ter o prazer de apreciar uma comida saborosa, saudável e na medida para as nossas necessidades físicas. E as necessidades emocionais a gente supre com esporte, dança, praia, terapia, caminhadas ou até mesmo um bate perna no shopping, só pelo prazer do passeio. Moderação, bom-senso, reeducação,  e principalmente, respeito a si própria. É disso de que precisamos. Mas, quem disse que é fácil? Não é, por isso, só as mulheres são capazes de encarar tal desafio. Porque a gente não vive sem um desafio, uma provocação, uma missão quase impossível... Concordam?

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